SINTRENSE 2 O ELVAS 1
ESTÁDIO DO SPORT UNIÃO SINTRENSE
ÀRBITRO: Dário Martins
ASSISTENTES: Wis Almeida e Marco Caseiro
Conselho de Arbitragem da AF Setúbal.
SINTRENSE: Renato, Emanuel, Nuno Alves ( Éder 68m), Paulo Vieira (cap), Bandeira, Walnei, Nuno Duarte ( Miguel Abreu 78m ), Jorge Almeida, Angel, Jorge Bento (Alex 90m), e Pedro Alves.
Suplentes não utilizados: Paulo, Josué, Miguel Ângelo e André Simões (ex-júnior)
Disciplina: Cartões amarelos: Bandeira e Renato (90m)
Técnico: Paulo Morgado
GOLOS: Paulo Vieira ( 44m e 80m)
ELVAS: Aguinaldo, Xico Vieira (José Soares aos 66m), Rui Santos, Gustavo, Chinita, Nuno Carranca, Edmilson, Carapinha, Mauro, Toni Vidigal (cap), Glaedson (Lourinho aos 79m).
Suplentes não utilizados: Cristo, Tiago, Tiago Vidigal.
Disciplina: Cartões amarelos: Toni Vidigal ( 61m)
Técnico: Paulinho
GOLOS: Toni Vidigal aos 87m
O ano de 2007 não poderia ter terminado da melhor maneira para o Sintrense. Depois da prenda natalícia do dia 23 de Dezembro dada aos associados, adeptos e simpatizantes ( vitória de 2-1 sobre o Santana), agora nova prenda de final de ano, com a vitória categórica sobre o líder do campeonato, Elvas, por 2-1.
E dizemos vitória categórica, não pelos números, mas pela exibição do Sintrense. Se olharmos para a vitória tangencial, poderá quem não assistiu ao jogo, pensar que o Sintrense venceu com dificuldades.
Diremos que o 2-1 é um resultado enganador, já que na primeira parte, o Sintrense poderia ter sentenciado a partida, tal a superioridade demonstrada e as oportunidades desperdiçadas, para não falar já de um golo mal anulado a Pedro Alves por pretenso fora de jogo.
A primeira parte do Sintrense, e sem exageros alguns, merecia pelos menos mais dois ou três golos, para além do golo de Paulo Vieira ( com a ajuda de um defensor contrário) já à beira do intervalo. Nessa primeira parte, nem por uma vez o Elvas conseguiu entrar no último terço do terreno defendido pelo Sintrense.
Empurrada para o seu meio campo, a equipa do Elvas viu o Sintrense jogar a toda a largura do terreno, com a equipa a estender-se pelo campo, com velocidade, passes bem medidos ( grande exibição de Paulo Vieira, das melhores que lhe vimos fazer no Sintrense!), grande solidariedade entre todo o grupo, a desbaratar por completo a equipa alentejana, que bem pode agradecer ao divino ver durante tanto tempo a sua baliza inviolável.
À semelhança do encontro com o Santana, o Sintrense foi uma equipa mandona em campo. A jovialidade da equipa misturada com a experiência dos mais velhos, é o ponto de partida para que os adversários fiquem à beira do KO, tal a irreverência demonstrada em campo. Nesta partida, por diversas vezes a equipa alentejana esteve à beira desse KO, estivesse a finalização do Sintrense em dia sim.
Foi uma primeira parte brilhante para a equipa do Sintrense, onde o Elvas apenas se limitou a defender como podia as investidas contrárias.
Na segunda parte, continuou o Sintrense a mandar na partida. Como a equipa estava a jogar, esperava-se o segundo golo e alguma tranquilidade quanto à conquista dos três pontos.
A equipa dominava, jogava bem, mas lá na frente, ou por falta de pontaria, ou por muita sorte da equipa do Elvas, a bola teimava em não entrar na baliza de Aguinaldo.
Embora o ritmo de jogo não fosse o mesmo, o Sintrense continuava a jogar no terreno do adversário, a pressionar constantemente o último reduto alentejano, com excelentes triangulações e mudanças constantes de flanco, obrigando o adversário a desgastar-se .
O 1-0 era um resultado perigoso, mas quem assistia ao jogo, estava tranquilo, já que a equipa do Elvas nunca se aventurava no ataque, por mérito do meio campo e da defensiva do Sintrense, sempre muito bem na procura constante pela posse de bola. E foi aqui que também residiu um pouco o segredo da equipa liderada por Paulo Morgado. Os índices fisicos da equipa estão bem melhores, os lesionados vão voltando a dando o contributo à equipa. Mais opções, melhor gerência do plantel e melhor poder de resposta para Paulo Morgado.
Apenas aos 80 minutos, o Sintrense volta a marcar, por Paulo Vieira, num pontapé livre frontal, onde a bola ainda ressalta num defensor alentejano, enganando o desamparado guardião do Elvas, que nada podia fazer, limitando-se a ver a bola entrar nas suas redes.
Era o 2-0 e quase a tranquilidade do Sintrense. E dizemos quase, porque aos 87 minutos, Toni Vidigal, aproveita muito bem um cruzamento ao segundo poste, reduzindo para 1-2, numa das raríssimas vezes que a bola entrou na àrea do Sintrense. Daí até ao final da partida, restava ao Sintrense gerir o tempo e o resultado para garantir os três pontos. E foi isso que a equipa fez. Era escusado sofrer nos momentos finais da partida, já que o Elvas ainda tentou o empate, mas esse resultado seria falso como Judas.
Pela partida que fez, pelas oportunidades criadas, e pelo futebol bem jogado que apresentou, o resultado é muito curto para o Sintrense. O 4-1, espelharia fielmente o que se passou em campo durante os noventa minutos.
Com esta vitória, o Sintrense sobe ao terceiro lugar da tabela classificativa, e vai fugindo aos oito últimos lugares, principal objectivo da equipa para esta primeira fase do campeonato, terminando assim o ano de 2007 em maré de vitórias.
Quanto à equipa do Elvas, pouco ou nada poderia fazer perante o Sintrense que lhe apareceu pela frente. Nas poucas vezes que se aventurou no ataque, marcou um golo, mas foi uma equipa completamente dominada pela equipa sintrense.
O àrbitro da partida, Dário Martins, de Setúbal, teve o seu grande erro na primeira parte, ao aceder à sinalética do seu fiscal de linha, anulando um golo limpo a Pedro Alves. Embora o erro não seja dele, o trabalho da equipa de arbitragem fica manchado por esse lance. Não fora isso...e Dário Martins tinha passado despercebido, fruto da excelente arbitragem que fez na restante partida